A Deusa da Justiça (Thêmis) tem sua origem na mitologia grega e é a personificação da ordem e da lei.
Inicialmente a Deusa era representada junto à balança e a espada, todavia não tinha os olhos vendados. Apenas no século XVI, os alemães, colocaram uma venda em Thêmis para indicar a imparcialidade e ausência de preconceitos.
Thêmis é a imagem que ilustra a justiça. Por isso, cada um dos elementos colocados nas imagens da deusa é importante para comunicar o que é a Justiça.
A espada representa a força, ou seja, a possibilidade que a Justiça tem de se valer da força para que a lei seja respeitada.
A balança significa o justo, o equilíbrio, a medida e os pratos iguais da balança indicam que não há diferenças entre os homens.
A venda nos olhos também é outro elemento fundamental, pois representa a imparcialidade da Justiça, ou seja, que ela não olha para quem dá sua decisão, mas baseia-se no fiel da balança.
Portanto, a Deusa Thêmis, por estar de olhos vendados deve representar a igualdade, o sinônimo de imparcialidade nas decisões dos julgadores, demonstrando o sentimento de verdade, equidade e humanidade, qualidades essas que devem estar acima das emoções humanas.
Inclusive, a Constituição Federal de 1988 descreve tais princípios em seu artigo 5º, “caput”, senão vejamos: “(…) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes (…)”.